Um misto de alegria... tristeza... melancolia,
Lembranças de um passado que o tempo absorveu...
Róseas sombras de emoções, envoltas em nostalgia,
Que quem sentiu de verdade... nunca, jamais, esqueceu...
É tudo aquilo que fica daquilo que não ficou,
Um gosto contraditório de infindas evocações,
O amargo-doce fruto que lentamente brotou,
Da árvore de nossa vida, no jardim das ilusões.
Evocar entes queridos ou uma meiga amizade,
Leves brisas de amores, sua presença e perfume,
E também casos intensos – tudo acaba em saudade –,
Até o tempero pesado de uma cena de ciúme.
Do inferno ao paraíso, na saudade, a gente vaga,
Viagem indefinível, sabor de recordações,
Em brasas adormecidas que o destino não apaga,
E que agitam, por vezes, cinzas de antigas paixões...
Se arrepios pelo corpo ou delírios pela alma,
É o que a saudade nos causa – seja ou não definida –,
Uma certeza nos fica e a ansiedade acalma:
Saudade a gente sente das boas coisas da vida...
É...
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